domingo, 25 de julho de 2010

Chocada com o DELETAR!
Que poder virtual é esse de tirar, ferir, magoar... E como deletar as memórias, as lembranças. O deletar pode ser amor ou ódio, mas nunca será um ignorar. É uma ação pulsional de um estado emocional, que mostra um momento de coragem e medo insuportável, pois o Deletar não tem volta se não tiver um mecanismo de reconstituição da cena. O deletar é a cena do drama, onde a tragédia toma corpo e dilacera no ato. É assim que segue a tragédia virtual das relações. Ausência de palavras, a cena por si só potencializa o ato. Onde O ator aniquila a possibilidade da arte das palavras de um dialogo, potencializando a ira como solução da incapacidade de contracenar, destruindo a construção do drama. O deletar é a morte da arte a impossibilidade da cena do trágico que se rompe sem desfecho. O ato de deletar deixa o ator sem respostas, a cena era um dialogo que foi destruído deixando um vazio. O ator do deletar destrói a arte da construção e se perde para sempre no palco nunca mais habitado, perde sua função de atuar para sempre naquele lugar de criação. As relações frágeis do mundo virtual seriam apenas ilusões, de algo idealizado, por um ator tirano com o poder de DELETAR a cena para sempre. Qual beleza teria a arte sem a beleza do ato da cena, um monologo de suposições e especulações jamais compreenda. Drama, tragédia... Onde estão os atores dessa trama, que trágico é o lugar do sem ato... Seria isso a morte? o empobrecimento do ser? A falência da crença? Qual seria a moral e a ética desse DELETAR... apenas um nada na existencia. Um DELETAR tambem pode ser uma grande pulsão de destruição da cena, e o que seria um drama sem tragedia, a tragedia seria apenas o ato de apertar DELETE e pronto. Um lamentavel empobrecimento da arte da relação, das emoções, e da impossibilidade de respostas do dialogo, um monologo narciso?

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